Da Assecom Dep. Bira
O
Requerimento nº 333/2012 de autoria do deputado Bira do Pindaré (PT), foi
indeferido pela Mesa Diretora da Assembleia Legislativa. O parlamentar requeria
da Secretaria de Estado de Segurança explicações sobre os critérios utilizados
para a escolha dos locais de instalação das câmeras e custos do sistema de
Videomonitoramento de São Luís.
A
proposta foi recusada pelos votos dos deputados da base do Governo do Estado
Jota Pinto (sem partido) e Hélio Soares (PP). Bira, mais uma vez, declarou ser
a favor do investimento em políticas de públicas na área de segurança, em
especial no Videomonitoramento aplicado em diversas capitais do país.
O
petista reiterou que quer apenas explicações em relação à forma de
implementação desse projeto aqui no Estado. Uma dúvida é com relação às estatísticas
criminais do Maranhão. A página na internet da Secretaria de Segurança não
disponibiliza as estatísticas criminais do Estado.
Outro
fator que motivou o pedido de explicações do deputado é o valor de cada câmera
instalada. Pelos cálculos divulgados na imprensa, as 100 câmeras estão custando
para o Maranhão R$ 19 milhões. Se fizermos um cálculo aritmético simples,
dividindo R$ 19 milhões por 100, chegaremos a um custo de R$ 190 mil por cada
ponto de monitoramento.
O
parlamentar apresentou os dados do o Programa Nacional de Segurança Pública com
Cidadania (PRONASCI) do Ministério da Justiça. O Pronasci está financiando o
videomonitoramento em todo o Brasil. Com orçamento nacional na ordem de R$ 117.
O
manual de instruções do Ministério da Justiça que financia o projeto de
videomonitoramento em todo o Brasil. Diz o seguinte: “O valor máximo por ponto
monitorado não poderá ser superior a R$ 40 mil”, ou seja, o somatório de todos
os valores de equipamentos, serviços, quantidade de Câmaras, retaguarda, todo o
serviço não pode ser superior a R$ 40 mil.
Aqui
no Maranhão, o valor orçado para cada câmera é de R$ 190 mil, valor este, muito
superior do determinado pelo Ministério da Justiça. O projeto implementado no
Maranhão é idêntico ao proposto pelo PRONASCI e o mesmo que será utilizado
pelas cidades sedes da Copa do Mundo no Brasil.
O PRONASCI
diz que: o projeto técnico deverá ter sistema de captação que compreenda o que
há de mais moderno. Os equipamentos que são alocados nas vias públicas são:
câmeras de 360º em alta definição, postes de aço concreto, braço alongador,
torres de aterramento, sistema de proteção contra descarga atmosférica, caixa
hermética, no-break, protetores de surto, medidores de energia,
conectores, cabeamentos adequados contra interferência eletromagnética,
oxidação para cada sistema de capitação. A infraestrutura será composta por
tecnologia de fibra ótica, enlace de rádio a sistemas híbridos de acordo com as
particularidades geográficas de cada local. A central de vídeomonitoramento deve
compreender equipamentos de disponibilização e formação visual, espaços
públicos nos municípios, monitoramento das câmeras móveis durante 24 horas.
“As
exigências do Ministério são as mesmas, o padrão é o mesmo. O Ministério da Justiça
está dizendo que isso não pode custar mais de R$ 40 mil por ponto de
monitoramento, mas aqui está custando R$ 190 mil. Então é preciso que haja
explicação. O povo exige e precisa de explicação, é requisito básico. Hoje é
uma exigência a transparência na informação, é uma exigência de lei federal”,
destacou Bira.
Os
deputados de oposição ao Governo do Estado Rubens Júnior (PC do B) e Marcelo
Tavares (PSB) também contribuíram com o debate e solicitaram a aprovação do
pedido de explicações. Rubens Júnior ressaltou a importância da instalação das
câmeras, contudo, exigiu transparência pública do projeto.
“O
que a Assembleia pede é para ser respeitada a prerrogativa do deputado estadual
de pedir informação, de exercer o seu mandato, de representar o povo e, mais do
que isso, para a Assembleia olhar pelos seus próprios olhos. Não adianta a
gente ouvir pelo celular, pelo telefone, as explicações que eventualmente o secretário
tem a dar”, cobrou o comunista.
O
líder da oposição, deputado Marcelo Tavares, levantou outro ponto de discussão
e questionou o Governo do Estado se já há um planejamento de inteiração com a
prefeitura de São Luís. “Por que essas câmeras são fundamentais também no gerenciamento
de tráfego, que não há sentido a prefeitura, por exemplo, ter que montar outro
sistema gastando outros milhões para fazer uma coisa que seja de utilidade
muito grande para São Luís, a SAMU poderia se servir muito desse sistema”, advertiu
Marcelo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário