Da Assecom Dep. Bira
O deputado Bira do Pindaré (PT) utilizou o pequeno expediente da Assembleia Legislativa, na manhã desta terça-feira (04), para fazer uma nova denuncia de atentados e assassinatos de quilombolas no interior do Estado. O quilombola Valdenilson Borges, 24, foi brutalmente assassinado, no último domingo (02), na cidade de Serrano do Maranhão.
O parlamentar lembrou que os quilombolas ocupam novamente a sede do Incra e reivindicam direitos básicos como posse das terras, segurança e assistência médica. A comissão Pastoral da Terra (CPT), por intermédio do Coordenador no Maranhão Padre Inaldo Serejo, divulgou uma carta aberta lamentando a morte de mais um quilombola em terras maranhenses.
No texto a CPT lamentou a morte de Valdenilson, trabalhador rural quilombola do Quilombo Rosário, assassinado em razão de conflitos envolvendo particulares e quilombolas, com duas facadas no peito. O acusado pelo crime, Edvaldo Silva, encontra-se foragido e não houve mobilização da polícia no sentido de capturá-lo.
A CPT e o Movimento Quilombola da Baixada Ocidental Maranhense (MOQUIBOM) têm denunciado atos de violência contra quilombolas do MA, entretanto, nem o governo federal e o governo do Estado realizaram qualquer política a fim de proteger os direitos territoriais dos maranhenses.
O petista solicitou que a Secretaria de Segurança Pública do Estado tome providências e responda a sociedade punindo e prendendo os autores do crime. Ele exigiu da polícia, do Ministério Público e do judiciário maranhense na solução dos problemas fundiários.
“Não podemos fazer vista grossa, nós não podemos tapar o sol com a peneira, esse é o problema mais grave do Estado do Maranhão, é a questão fundiária, e é um problema histórico, portanto nós precisamos de medidas urgentes para resolver essa situação”, cobrou Bira.
Com relação ao Plano Plurianual (PPA), o Deputado pediu informações sobre os valores que serão destinados a questão fundiária e ao Instituto de Terras do Maranhão (Iterma). “O ITERMA não pode continuar sendo sucateado como está. O instituto é incapaz de resolver os problemas mais graves da questão fundiária no Estado do Maranhão, é uma questão importante para todos nós”, destacou.
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