quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Deputado Bira responsabiliza Governo do Estado por iminente aquartelamento militar

Da Assecom Dep. Bira
“Acredito que é preciso fazer todo esforço, sobretudo das lideranças que são ligadas ao Governo para encontrar uma solução. Não interessa para nós o confronto, não interessa que a população amanhã ou depois amanheça sem garantia de segurança pública, não interessa para nós o que pode acontecer a partir do dia de amanhã se não houver uma resposta concreta por parte do Governo, e não adianta a gente vim para essa tribuna e tentar confundir a opinião”, afirmou o deputado estadual Bira do Pindaré (PT), durante o pequeno expediente na tribuna da Assembleia Legislativa do Maranhão, nesta quarta-feira (23), em relação a manifestação dos Militares.
O parlamentar relatou que a luta dos servidores militares do Estado do Maranhão tem sido acompanhada desde o início. Disse também que é testemunha da postura exemplar adotada por eles, marcada pela disciplina, compreensão, tolerância, paciência, respeito e perseverança, concedendo prazos.

“Convocar a força nacional, propaganda intimidatória, truculência, ameaça de retaliação, ‘gasolina na fogueira’ (inflamar a situação) foram as respostas do Governo Estadual ao comportamento pacífico dos Militares. Sabemos que a Assembleia cumpriu seu papel naquilo que podia, mas infelizmente não está havendo resposta. Até o vice-governador fez o que pôde para tentar resolver a situação, mas parece que de fato querem é medir forças, querem dobrar no espinhaço. Caso o governo insistir nesta estratégia, vai sofrer a maior derrota que já teve até esse momento, porque a população não vai se calar e vai saber discernir”, destacou Bira.
O deputado apelou a todas as autoridades que encontrem uma solução para os servidores de segurança pública do Maranhão, pois eles merecem respeito e dignidade. “Espero que o dia de hoje se estique o máximo possível para que o Governo apresente uma proposta, e resolva a situação dos servidores militares”.
Bira reforçou a importância de resolver o problema dos militares do Maranhão, e pedir ao Governo para que resolva com o máximo de urgência a situação destes servidores.
“No Rio de Janeiro, só os bombeiros aquartelaram, sem a polícia militar. Tomaram uma medida que é considerada em geral, radical; e a população ficou do lado dos bombeiros, não adiantou o Governador Cabral anunciar as medidas mais severas (retaliação) aos servidores daquele Estado, pois a população sabia que os bombeiros tinham razão”, avaliou.
Segundo o parlamentar, o que vai resolver a situação dos militares é uma proposta concreta, que contemple os servidores, e da maneira que está a população será a maior prejudicada. Bira lembrou, ainda, que para se resolver a situação dos professores foram necessários 78 dias de greve, para serem ouvidos e não tiveram todas os objetivos contemplados. Os militares, diferente de qualquer outra classe trabalhadora, não podem ter sindicato, o que agrava ainda mais as manifestações, para o petista o que as autoridades têm que entender é que, militares ou não, são cidadãos como qualquer brasileiro, o trabalho deles é um trabalho livre e acima de tudo, eles têm direito a livre expressão; direito que é assegurado pela Constituição Federal e Estadual.
O petista informou do compromisso que assumiu com os militares, e hoje é representante incondicional da categoria. Esclareceu que não adianta intimidação política, pois não tem nenhuma relação favorável ao governo, além do que foi eleito para os direitos e lutas da população. Reconheceu o esforço, a paciência e a dignidade com que os militares vêm guiando essa situação, que é para o deputado o sinal da soberania destes servidores.
Citando o poeta Cesar Teixeira: “Quem nos ajudará a não ser a própria gente”,  agradeceu o esforço de todos que contribuíram na luta dos militares, e solicitou que o Governo resolva a situação deles. “Espero que até o final deste dia se apresente uma proposta, que o governo tenha sensibilidade pra isso, que a gente evite o confronto. Eles não querem guerra, quem está querendo a guerra é o governo, porque foi o governo que trouxe a Força Nacional, foi o governo que pediu prazo e não apresentou uma proposta. Então não podemos realmente concordar com essa situação. Insisto, peço que cada um aqui possa fazer o que é possível, o que está ao seu alcance para que até ao final deste dia a gente tenha uma proposta concreta e a gente evite uma tragédia maior”, expôs ele.
O petista finalizou afirmando que os maranhenses não merecem viver nesse impasse, pois a criminalidade está à solta e o aparato policial é deficitário, tudo isso sem a polícia será, para Bira, bem pior. “Precisamos de uma solução, este é o grito da população maranhense, é o clamor da nossa gente. Espero que cada um aqui coloque a mão na consciência e faça alguma coisa para evitar um prejuízo maior à população do Estado do Maranhão”, concluiu.

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