segunda-feira, 21 de maio de 2012

Assembleia debate demarcação dos territórios indígenas Governador, Awá e Awá-guajá


AssCom Gabinete Deputado Bira do Pindaré

A Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa promoveu, na manhã desta segunda-feira (21), uma audiência pública para tratar da questão indígena: demarcação dos territórios de Governador, Povo Gavião e Awá, Povo Awá-guajá no Maranhão.

O evento foi realizado na Sala de Comissões da ALEMA, atendendo uma solicitação do Conselho Indigenista Missionário (CIMI). O presidente da CDH, deputado Bira do Pindaré (PT) foi o autor do requerimento para realização do debate e mediou a audiência.

Compuseram a mesa: Rosana Diniz representando o CIMI; Luís Martins do Instituto de Colonização e Terra Maranhão (ITERMA); Cipriano Timbira do povo Gavião; Edilson Cricati da aldeia São José; Dr. Avelar advogado do CIMI e Tatu-twiara do povo Cricati. Também foram convidados e não compareceram: O Governo do Estado; Polícia Federal; Secretaria Nacional de Direitos Humanos; Ministério Público Federal; Fundação Nacional do Índio (FUNAI); Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA). Somente o MPF justificou ausência.

A audiência apresentou problemas de regularização de terras indígenas e no processo de demarcação nos territórios Awá, Porquinhos, Governador e Bacurizinho. O povo Awá sofre com invasões de terras há mais de 30 anos, os índios foram se afastando e perdendo suas terras com a chegada dos não brancos.

Edilson Cricati lembrou que o direito indígena é garantido na constituição federal de 1988 nos artigos 261 e 262. Ele criticou a omissão do estado e dos órgãos responsáveis pela defesa do povo indígena e denunciou a participação de parlamentares e prefeitos do Maranhão na exploração e invasão de terras.

“Apesar de existir uma lei nacional que assegura a proteção dos índios, alguns parlamentares como o deputado federal Chiquinho Escórcio que em Amarante, incentiva fazendeiros a invadir terras e contrata jagunços e pistoleiros para amedrontar os índios”, apontou.

Os líderes de povos indígenas presentes foram unanimes em responsabilizar o poder público pela violência e invasão das terras indígenas. Ou pela ausência e omissão ou pela conivência com os grandes proprietários de terras e madeireiros o Governo do Estado e prefeituras locais são responsáveis pela morte de milhares de índios todos os dias.

A responsabilidade pela demarcação das terras indígenas e da FUNAI. O advogado do CIMI afirmou que uma decisão da Justiça Federal determina que a FUNAI terá que dar continuidade nos processos de estudo do território Governador em Amarante.


Encaminhamentos

Ao final da audiência o deputado Bira criticou a ausência das entidades do poder público que se ausentaram da audiência sem justificativa alguma. Para ele tal atitude demonstra a falta de comprometimento com a causa indígena e uma omissão de suas obrigações.

Como encaminhamentos a CDH cobrará da FUNAI a demarcação das terras Awá-guajá e Governador e o resgate de terras do povo Tremiê; além de requerer do governo estadual o plano de remanejamento da população do povoado Nova Conquista (Zé Doca) e pedirá ao DNIT e ao DINT esclarecimentos sobre uma estrada ilegal que sai de Zé Doca atravessa a terra indígena e chega ao Pará. De acordo com os indígenas a estrada é utilizada para o transporte de madeira ilegal.

Um comentário:

  1. Grande Bira, vem ate Amarante pedir votos, mas na verdade luta por nossa desgraça apoiando meia duzia de indios e lutando para que nossas terras sejam demarcadas, a pedido da vereadora perinha voltei em vc, mas nunca me enganei com seu discurso, farei de tudo para que saibam suas verdadeiras intenções contra os produtores de Amarante.
    Erivelton Gomes Viana Marinho

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