AssCom Gabinete Deputado Bira do Pindaré
Fotografia: Jr. Lisboa
A Assembleia Legislativa do
Maranhão realizou, na tarde desta quarta-feira (16), na Sala das Comissões da
Assembleia Legislativa, a Audiência Pública sobre Combate a Homofobia,
requerida pelo Deputado Estadual Bira do Pindaré (PT), através do requerimento N°
126/2012, atendendo a um pedido do Grupo Gayvota.
Estavam na mesa além do Deputado
Bira do Pindaré, presidente da Comissão de Direitos Humanos, a Secretaria de
Direitos Humanos, Luiza Oliveira, o Secretário Adjunto, Marcelo Amorim, a defensora
pública, Ana Lorena, Ana Luiza Borges, Coordenação Estadual de DST/AIDS, Wendel
Alencar, Coordenação Municipal DST/AIDS, Joel Valetim e Airton Ferreira, ambos
do Grupo Gayvota.
A proposta do espaço era
discutir as políticas públicas, e encaminhar soluções que contemplem a comunidade
de Gays Lésbicas e Travestis e Transexuais (GLBTT). Nesse sentido, a Audiência discutiu
casos de violência contra homossexuais e a deficiência do poder público em
tratar pacientes com AIDS.
O coordenador do grupo
Gayvota, Airton Ferreira, relatou o assassinado brutal contra um adolescente de
14 anos, do município de Bequimão, enterrado vivo pelo pai, após este descobri
que o filho era homossexual. E afirmou que quando se trata de crimes contra
gays, a Secretaria de Segurança Pública negligencia.
Airton alertou para o fato,
de que só este ano, quatro homossexuais foram assassinados e nenhuma
investigação foi concluída e muito menos priorizada. “O poder público é
preconceituoso com a comunidade LGBTT. Igrejas, outras comunidades, a mídia e
boa parte da população, criminalizam os nossos Movimentos. E nós acreditamos
tanto na nossa homossexualidade, que fazemos dela nossa militância. E essa luta
não é só nossa, é da criança e do adolescente, é do negro, do pobre, é da
mulher”, defendeu o ele.
Wendel Alencar, da secretaria
municipal de saúde, destacou que o combate a homofobia é essencial, inclusive, para
o tratamento de pessoas com doenças sexualmente transmissíveis. “Ter AIDS, ou
mesmo, trabalhar com AIDS é só um segmento de um cenário da saúde mais amplo. Por
isso é importante se discutir homofobia de maneira inter setorializada”, Ana
Luiza Boes, da coordenação estadual DST/AIDS.
Bira destacou o direito à
vida que deve ser assegurado a todo ser humano. Segundo ele a violência deve
ser combatida, pois a luta contra a homofobia é uma luta contra o mau trato e a
violência, seja ela física ou emocional.
Pensamento semelhante, ao do
deputado, teve o senador evangélico Magno Malta (PR/ES), em 19/07/2011, quando
o PLC 122, que trata da criminalização dos crimes homofóbicos, passou a se
chamar Projeto de Lei Alexandre Ivo, adolescente torturado até a morte em 2010.
“Estão confundindo a opinião pública. Homofobia é violência física,
assassinato, crueldade, barbaridades, já o texto apresentado pela senadora
Marta Suplicy (PT), também com novo nome, agora, batizado de Lei Alexandre Ivo,
é uma tentativa de enfrentar a intolerância, o preconceito e a discriminação no
mais amplo sentido e não apenas em favor dos homossexuais, mas também na
questão racial, estética, social, religiosa e contra o machismo que humilha as
mulheres”.
Alguns dos encaminhamentos tirados
da Audiência Pública foram: Criar a Lei do Programa Estadual: Maranhão sem
Homofobia; Criar o Conselho LGBTT; Dia Estadual de Combate à Homofobia (dia 17
de maio de cada ano); Reativação dos Centros Referencia; Campanha nas escolas
focando o combate a homofobia; Criar legislação específica de combate a tortura
no segmento; Viabilizar Audiência Pública com Educação sobre o tema.
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