Da Assecom Dep. Bira
A possível elucidação do
assassinato do jornalista Décio Sá apresentada, em entrevista coletiva, pelo
Secretario de Estado de Segurança Pública foi o principal tema de debates na
Assembleia Legislativa.
Em coletiva na tarde desta
quarta-feira (13) o Secretario de Segurança revelou os procedimentos da
operação que prendeu sete pessoas acusadas de envolvimento no assassinato do
jornalista Décio Sá, ocorrido em 23 de abril passado. Apenas um dos oito
mandados de prisão não foi cumprido, de um homem identificado como “Balão” que
teria ajudado na fuga do pistoleiro.
O presidente da Comissão de
Direitos Humanos, deputado Bira do Pindaré (PT), cumprimentou o trabalho da
Polícia Civil e dos delegados que conseguiram desvendar o crime em um prazo razoável.
Ele ressaltou a importância do sistema judiciário na punição de todos os
envolvidos no caso.
“É preciso que a gente faça
o enfrentamento da impunidade, então esse caso só se encerra quando a justiça
também cumprir a sua parte e punir os responsáveis, tanto executor quanto os
mandantes, todos que estão envolvidos no caso, aí sim nós podemos dizer que o
caso está encerrado”, cobrou Bira.
Os assassinatos do líder
quilombola Flaviano e do líder camponês Raimundo Borges Cabeça foram lembrados
como exemplos de casos onde a polícia fez seu trabalho e o poder judiciário,
injustificadamente, não mandou prender os mandantes.
Nos dois casos de pistolagem
o poder judiciário foi negligente, pois os pistoleiros estão presos, entretanto
os mandantes estão soltos. O parlamentar ressaltou a importância de
investimentos no policiamento preventivo. A Avenida Litorânea, onde Décio foi
assassinado, não tem uma única câmera de monitoramento da polícia.
“É preciso haver punição. Eu
disse desta tribuna quando aconteceu o episódio do assassinato brutal do
jornalista Décio Sá, que essa situação da pistolagem no estado do Maranhão
tinha dois fatores determinantes: um, a impunidade; e dois, a falta de
policiamento preventivo”, lembrou.
Vale destacar também a
afirmação do Secretario de Segurança que revelou as relações da quadrilha presa
com crimes de agiotagem, de corrupção, que se estendem nas administrações
públicas do estado do Maranhão. “O caso do Décio é a ponta do iceberg e a
polícia fez questão de revelar isso para nós. Fala-se que há políticos
envolvidos, mas que políticos são esses? Que há prefeitos envolvidos, que
prefeitos são esses? Há muita coisa ainda a se desvendar em torno dessa
situação”, constatou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário