Da Assecom Dep. Bira
A Assembleia
Legislativa do Maranhão recebeu a proposta de criação da Comissão Parlamentar
da Verdade. A proposição foi encaminhada pelo deputado Bira do Pindaré (PT) e já
tramita na Casa.
A intenção do
parlamentar é seguir o exemplo da Câmara Federal que, de igual modo, também
criou sua Comissão Parlamentar. O objetivo desta Comissão é apoiar a Comissão
Nacional da Verdade, nomeada pela presidente Dilma Rousseff. Ela investigará os
crimes cometidos pela ditadura militar e outros crimes em outros períodos de
autoritarismo no país.
A Comissão seria
composta por cinco parlamentares no âmbito da Comissão de Direitos Humanos, por
designação da própria. Com o intuito de apoiar e dar o suporte necessário à
Comissão Nacional da Verdade, em todos os seus procedimentos, em todas as suas
diligências nas suas presenças no MA.
A Comissão local
contribuirá com a realização das oitivas necessárias das
testemunhas, das vítimas e das pessoas que sofreram algum tipo de dano, na
família ou a si próprio, em relação às práticas criminosas da Ditadura Militar.
“Lembro-me de Manoel da
Conceição, que ainda está vivo, na Cidade de Imperatriz, e que teve sua perna
arrancada, por uma ação grotesca da Polícia do Governo de então, numa
perseguição absurda que levou esse cidadão maranhense para as câmaras de
tortura, em São Paulo, e em outros cantos deste país. Ele sofreu todo tipo de
humilhação, de perseguição, de sofrimento que um ser humano pode suportar; eu
nem sei como é que Manoel da Conceição suportou tamanha dor, a ponto de ter seu
pênis pregado numa ripa e arrastado pelo chão de uma cadeia”, confidenciou o
deputado Bira.
O parlamentar lembrou-se
da figura ilustre de Maria Aragão, que também sofreu no período de Ditadura
Militar, sofrendo perseguições. Segundo ele, a iniciativa não é revanchista,
nem vingativa, apenas faz um resgate da verdade.
“Comissão
Parlamentar da Verdade integrará o Comitê da Verdade e contribuirá com a
história do País e do Estado na recuperação da verdade, apenas a verdade, é o
que se quer, o que se deseja, e o que o povo precisa”, concluiu.
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