Da Assecom Dep. Bira
As Comissões de Direitos
Humanos e Meio Ambiente da Assembleia Legislativa do Maranhão realizaram, em
conjunto, uma vistoria as Estações de Tratamento de Esgoto da Companhia de
Saneamento Ambiental do Maranhão (CAEMA), na Ilha de São Luís.
Os presidentes das
Comissões: deputado Bira do Pindaré (PT) – Comissão de Direitos Humanos e
deputada Eliziane Gama (PPS) – Comissão de Meio Ambiente propuseram estas
visitas após a Secretaria de Estado de Meio Ambiente ter interditado todas as
praias de São Luís.
Na vistoria desta
terça-feira (04), os parlamentares acompanharam o funcionamento das Estações de
Tratamento do Jaracaty e do Aterro do Bacanga.
As Comissões foram
acompanhadas por Cristovam Teixeira (diretor de operação e manutenção da CAEMA)
e por técnicos da companhia. Cristovam explicou que 60% da ilha de São Luís
possui sistema de coleta de esgoto, contudo, apenas 10% deste é tratado nas estações
de tratamento de esgoto. Portanto 90% dos dejetos da população da ilha são
despejados in natura nos rios e depois no mar.
Para o deputado Bira esta
falta de tratamento de esgoto explica a interdição de todas as praias de São
Luís. “Se você pegar a Ilha de São Luís, 01 milhão e 300 mil habitantes, dará
160 toneladas de fezes, todos os dias, lançadas nas praias, nos rios, córregos,
nos riachos, sem nenhum tratamento”, denunciou.
De acordo com Cristovam A
CAEMA não despeja esgoto nas praias. A poluição chega as praias pelos rios
Calhau, Pimenta e Jaguarema, pois apenas 10% do esgoto é tratado. A estação de
tratamento de esgoto do Jaracaty contempla os bairros: Calhau, Ponta d areia,
Cohafuma, São Francisco, Jaracaty, Avenida Litorânea e parte do Renascença.
Cristovam explicou que todo
trabalho da estação é automatizado e são tratados 110 litros por segundo. Já a
estação do Bacanga, que abrange o Centro da cidade, trataria 250 litros por
segundo, entretanto, ela funciona com apenas 25% de sua capacidade. Após a água
passar pelo processo de tratamento ela não é potável. E depois de tratada é
despeja nos mangues.
Após a visita o deputado
Bira constatou que apenas duas estações de tratamento não suportam, de maneira
alguma, todo esgoto da ilha. Ele mostrou-se preocupado com a falta de rede de
esgotamento e de tratamento de esgoto em São Luís.
“Nós pagamos por um serviço
que não é realizado, só deveriam pagar pelo tratamento de esgoto os 10% da ilha
que são contemplados. A explicação para a poluição de todas as nossas praias
está na falta de investimento do Governo do Estado na ampliação e
reestruturação do serviço de tratamento de esgoto em São Luís. Literalmente são
toneladas de fezes jogadas ao mar todos os dias porque o Governo não fez
saneamento básico, esgotos”, protestou Bira.
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