Da Assecom Dep. Bira
Nesta segunda-feira (17) a
Greve da meia passagem completa 33 anos. No dia 17 de setembro de 1979 jovens e
estudantes foram às ruas da cidade de São Luís protestar contra o aumento concedido
pela prefeitura da capital. O deputado Bira do Pindaré (PT) lembrou da data em
seu discurso, na tarde desta segunda-feira, na Assembleia Legislativa do
Maranhão.
A greve conquistou apoio de
secundaristas, professores, trabalhadores e constituiu-se numa espécie de
"Maio de 68" da juventude maranhense. A greve de 79 explica-se mais
pelo que denominaríamos de grito sufocado do que pela reivindicação em si ao
direito à meia-passagem.
A Greve de 79 tornou-se um
dos grandes momentos de mobilização registrados na história maranhense.
Iniciada pelos estudantes secundaristas, revoltados com o aumento de passagens
concedido de surpresa, a greve teve como lideranças estudantes universitários,
que obtiveram o apoio professores e trabalhadores.
Em pleno tempo de Ditadura,
o conjunto da sociedade vinha de um ciclo de altíssima repressão ao movimento
social, com tortura, exílio e morte de muitas das lideranças democráticas do
país. Sem a possibilidade de livre manifestação política, de liberdade de
imprensa e direito à livre organização, o contexto motivou o apoio popular à
bandeira estudantil.
O apoio à meia-passagem
representou um grito contra a censura, o Regime Militar, a carestia, o
assassinato desenfreado de trabalhadores rurais na luta contra a grilagem de
terras, à falta de moradia e de comida na mesa dos maranhenses.
O então Governador, e hoje
prefeito de São Luís João Castelo, acionou a policia militar que com muita
violência repreendeu os estudantes. Muitos foram espancados naquele que foi um
dos maiores movimentos populares da história do Maranhão.
Aproximadamente 30 mil
pessoas ocuparam as ruas da capital em protesto. O movimento tomou essa dimensão por conta da unidade
interna de suas lideranças. Naquela época de retomada da reorganização das
entidades estudantis (UNE e DCE´s). Lideranças engajadas na luta: Coelho Neto,
Agenor Gomes, Renato Dionísio, Jomar Fernandes, Joãozinho Ribeiro, Juarez
Medeiros, Cunha Santos.
“A ilha rebelde não se cala.
Encerro meu discurso de hoje com o trecho do poema Greve da meia-passagem de Joãozinho Ribeiro: São Luís, setembro,
setenta e nove: Veloz esgota-se à tarde E o dia formando os meses Que assim vão
contando a vida Mil e novecentas vezes 17, setembro, presente! Paisagem feita de tempo Na oficina da história Guardada como lembrança Na gaveta da memória”, concluiu Bira do Pindaré.
Em
memória de Tony Castro
O repórter Tony Castro, profissional de grande
qualidade nos deixou prematuramente vítima de insuficiência respiratória. Tony
estava internado há quinze dias no Hospital dos Servidores do Estado do
Maranhão e faleceu por volta das 11h deste sábado (15).
Castro tinha diabete e já havia se submetido a
cirurgia para implantação de uma ponte de safena. O repórter, que fazia parte
da Assessoria de Comunicação da Assembleia. “Tony era companheiro e amigo, um profissional
competente e uma pessoal excepcional. Fazia seu trabalho com responsabilidade”,
se solidarizou Bira.
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