Da Assecom Dep. Bira
Exatamente há 4 anos o
mandato do então Governador do Maranhão, Doutor Jackson Kepler Lago (PDT), foi
cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O julgamento do Governador,
eleito pela maioria da população do Maranhão, terminou na madrugada do dia 17
de abril de 2009.
A coligação da candidata da
Oligarquia Sarney, a então Senadora Roseana Sarney, entrou com um recurso
contra expedição de diploma (RCED), junto ao TSE, ainda em 2006. A batalha
judicial se deu imediatamente na instância superior, o que acelerou o tempo
processual.
O ato de cassação, segundo o
deputado Bira do Pindaré (PT), foi a
maior de todas as injustiças políticas no Brasil. O parlamentar que esteve
sempre ao lado do Governador Jackson Lago durante os dias difíceis anteriores a cassação, leu asa palavras
proferidas pelo eminente
jurista Rezek encarregado de fazer a defesa do Governador.
“O povo do estado do Maranhão, o eleitorado
maranhense não merece o desrespeito grave e insultuoso que o grupo derrotado
pretende lhe impor, tendo a insolência superlativa de querer instrumentalizar
esse insulto pela justiça eleitoral. Tenho a convicção de que não passou
despercebido a nenhum dos membros do Tribunal o cenário, o pano de fundo deste
caso. Tudo que parece aos nossos olhos no cenário que circunda esta campanha
eleitoral e o quadro político do estado do Maranhão. Tenho a certeza de que
todos os membros do Tribunal estão conscientes daquilo que não podemos dizer no
memorial, ou na tribuna, mas que é do conhecimento e percepção, há tanto tempo,
de todo povo brasileiro consciente”, palavras do jurista Rezek, que fez referência
à cassação como um ato de injustiça.
Para o deputado Bira o
julgamento foi um golpe, uma
manipulação grosseira para sucumbir o desejo do povo, que votou por maioria
escolhendo um governador e colocar alguém que tinha ficado em segundo lugar. O petista
lembrou que o Doutor Jackson faleceu com esse
desgosto profundo pela sua cassação injusta num momento político em que o
Maranhão poderia ter dado a chance para experimentar, por completo, uma
alternativa.
Bira lembrou o artigo 1º da
Constituição Federal que diz que todo poder emana do povo, portanto o desejo da
população do Maranhão deveria ter sido respeitado. “O fato é que a orquestração foi muito grande,
todo o poder da mídia utilizado contra o governador e no final foi isso o que
aconteceu e a gente não poderia deixar de trazer esta reflexão, porque
considero aquela decisão emblemática para a história do Maranhão
e para a história do país”.
O Deputado aproveitou para
cumprimentar a doutora Clay Lago que
bravamente vem lutando para manter a memória do líder Jackson Lago. A ex-primeira dama teve
a iniciativa de criar o Instituto Jackson Lago e a revista em memória do ex-governador.
“Jackson Lago foi um grande homem público na
história do Maranhão,
foi uma grande liderança que merece o nosso respeito, que merece a nossa
consideração, três vezes prefeito da capital, deputado estadual, Governador.
Sempre esteve aliado com os partidos de
Oposição e por essa razão merece o reconhecimento e o registro para memória desse
Estado”, concluiu.
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