quarta-feira, 22 de maio de 2013

Moradores da comunidade de Engenho, em São José de Ribamar, estão ameaçados de morte por grileiros


Da Assecom Dep. Bira

Moradores da Comunidade do Engenho do município de São José de Ribamar procuraram a Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Maranhão para denunciar mais uma prática de grilagem.

Após a denúncia, os deputados membros da Comissão de Direitos Humanos da Casa, Bira do Pindaré (PT) e Eliziane Gama (MD), visitaram oficialmente a comunidade. Na oportunidade, os parlamentares conversaram com as pessoas da comunidade e constataram o trabalho realizado, plantação de hortaliças e as casas que ali existem.

Entretanto a visita da Comissão de Direitos Humanos foi afrontada e desrespeitada de maneira arbitrária. Cerca de 60 casas da comunidade foram invadidas, derrubaram toda a plantação dos trabalhadores e das trabalhadoras. A vinagreira, maxixe, alface, pimenta, levaram tudo à base da força do trator e de jagunços.

Para agravar a situação, a juíza responsável pelo caso informou que não há nenhuma ordem expedida de reintegração de posse em relação à comunidade do Engenho. Existe uma ordem de reintegração de posse em relação à Geniparana que, conforme o mapa de São José de Ribamar é outra área distante do Engenho.   

O deputado Bira garantiu ter conhecido um morador da comunidade que exibiu uma certidão de nascimento constando nascimento: 1966, em Engenho, São José de Ribamar. O documento é mais uma comprovação de que realmente a comunidade é antiga e os moradores já têm o direito pela posse pacífica em virtude de permanecerem mansamente naquela localidade.

“Eu não sei como, mas mais uma vez aparece um documento dizendo que um cidadão é proprietário daquela terra e esse cidadão resolve tirar na marra os trabalhadores e trabalhadoras da sua terra, mais de 60 famílias. E agora? O que eles vão fazer? Vão aumentar os números do desemprego, dos bolsões de miséria, dessa dificuldade que nós já sabemos ser imensa no Estado do Maranhão”, alertou Bira.

O petista solicitou à polícia do Maranhão e à Secretaria de Segurança Pública, a abertura de inquérito para investigar mais esse caso de grilagem de terra, na ilha de São Luís, em São José de Ribamar. Ele também pediu que o Ministério Público tomasse providências, no sentido de dar proteção as famílias ameaçadas de morte, conforme registro em ocorrência policial. Os moradores não podem nem comparecer na área porque estão ameaçados de morte.

“Nós não sabemos qual vai ser o desfecho, mas vamos lutar até o fim para que seja feita a justiça. A ação foi arbitrária, questionável e, no mínimo, tem que ser apurada a sua conduta por tipificar uma conduta criminosa. É o que pedimos desta tribuna, pedimos justiça em favor da Comunidade de Engenho, em favor do povo do Maranhão”, cobrou Bira.   

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