segunda-feira, 30 de maio de 2011

Bira denuncia mais uma tentativa de assassinato de quilombola no MA

Da Assecom/Gab. Do dep. Bira do Pindaré

O deputado Bira do Pindaré (PT) denunciou na tarde desta segunda-feira (30) mais uma tentativa de assassinato a um líder quilombola no interior do Estado. Almirandi Pereira Costa, conhecido por Dinho, sofreu um atentado em sua casa e felizmente sobreviveu.

A Comissão Pastoral da Terra (CPT) emitiu uma nota que trata do assunto. Segundo o texto, a tentativa de assassinato ocorreu por volta das 21h30 de 27 de maio, depois de ele ter voltado de uma reunião no Quilombo Charco.

Diz ainda que Almirandi está na luta pela titulação do território Quilombola do Charco em conflito com Gentil Gomes, pai de Manoel de Jesus Martins e Antônio Martins Gomes, recentemente beneficiados por um salvo-conduto expedido pelo Tribunal de Justiça.

Os dois estão denunciados pelo Ministério Público Estadual sob a acusação de serem os mandantes do assassinato de Flaviano Pinto Neto, líder do mesmo Quilombo, no dia 30 de outubro de 2010. A Comissão de Direitos Humanos da OAB-MA também emitiu uma nota criticando o Tribunal de Justiça por manter em liberdade os fazendeiros.

“Na noite de sexta-feira, por volta das 21h, a casa do senhor Almirandir, vice-presidente da Associação Quilombola do Povoado Charco em São Vicente Férrer, onde o Senhor Flaviano foi assassinado ano passado, foi alvejado com três tiros. Trata-se de mais um trabalhador ameaçado daquela comunidade. É inadmissível que o TJ do Maranhão continue considerando que a garantia de dar liberdade aos fazendeiros Antônio Gomes e Manoel Gentil não seja uma efetiva ameaça às vidas das lideranças quilombolas da região”, diz trecho da nota da OAB.

Bira mostrou-se indignado com a situação de completo descontrole da segurança pública no Maranhão. O parlamentar afirmou não ter medo de represálias e se comprometeu a continuar defendendo a causa dos trabalhadores rurais e quilombolas do Estado.

“Mataram Flaviano, e agora tentaram matar outra liderança do mesmo povoado, em São Vicente de Férrer. Eu espero ter oportunidade de ir lá, de conhecer, não tenho medo dessas coisas não, eu acho que nós temos é que passar a limpo essas histórias, não dá para a gente calar diante da pistolagem, que parece que como indica esse caso, está querendo voltar para o Estado do Maranhão”.

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