segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Bira participa da 11ª Romaria da Terra e das águas em Açailândia

Da Assecom Gab. Dep. Bira

O deputado do Pindaré (PT) participou nos dias 10 e 11 deste mês da 11ª Romaria da Terra e das águas do Maranhão na comunidade de Piquiá de baixo, em Açailândia. Com a temática: terra, água, direitos – resistir, defender e construir cerca de 25 mil pessoas acompanharam as celebrações e a caminhada.
Estiveram presentes no evento pessoas de todo Maranhão, de todas as Dioceses, de todas as Paróquias da igreja católica, lideranças de todos os movimentos sociais, de todas as lutas. Ao final da romaria foi lançado um Manifesto subscrito por oito bispos do Estado e pelos movimentos sociais.
Bira reproduziu da tribuna da Assembleia Legislativa, alguns pontos de pauta do manifesto. O parlamentar destacou que Piquiá é um local inapropriado para a vida humana, de acordo com ele, lá pode-se ver o ar que se respira. “A realidade que nós romeiros e romeiras constatamos em Pequiá, nos fez lembrar outras situações vividas e contrárias aos projetos que reconhecemos como divino, como bíblico, evangélico, uma terra onde corre leite e mel sem faltar e que traz vida em abundância”, citou Bira.
“Grandes criadores de gado baniram famílias camponesas, onde plantação de cana, soja e algodão expropriam quilombolas e lavradores de suas plantações, ou das madeireiras que acabam com as matas das quais vivem as populações mais antigas desse Estado: os indígenas em sua multiplicidade de culturas e famílias. A maior riqueza de uma Nação é sua população, e esta riqueza é para ser preservada, valorizada e nunca explorada. Este sistema que não serve a população deve ser desmontado, deve ser destruído, como diz Apocalipse no seu Capitulo 11. E substituído por outros com valores que defendemos por serem evangélicos, equidade, partilha, fraternidade e respeito à criação”, Trouxe o petista.
Em outro trecho da carta, a Igreja deixou clara sua indignação com a forma de desenvolvimento praticada no Maranhão. “O desenvolvimento econômico não pode rescindir com o desenvolvimento humano, de forma que o sonho de uma vida feliz, humanamente digna e respeitadora do ambiente é possível se a gente quiser. É possível porque Deus, o nosso Parceiro neste projeto que também é Dele, para isso é necessário todos atingidos pelo modelo de exploração dominante, indígenas de todas as tribos e culturas, quilombolas e comunidades negras, trabalhadores rurais e operários da Cidade, moradores das periferias e das favelas se organizem, se juntem em torno das bandeiras comuns”, diz a carta.
Bira encerrou seu pronunciamento lembrando que já existe um encaminhamento mediado pelo Ministério Público do Estado, no sentido de deslocamento da população daquela área. O parlamentar reafirmou que o modelo de desenvolvimento econômico do Estado é totalmente falho e acontece em detrimento dos interesses da população maranhense.
“Parabéns a todas as Pastorais da Igreja, sobretudo a comissão pastoral da terra e todos os Bispos que estiveram ali levantando o clamor da população imobilizando esse exercito de gente mais de 20 mil pessoas, eu repito em uma demonstração absolutamente irrefutável que é preciso discutir outro caminho par ao desenvolvimento para o Estado do Maranhão”, concluiu.  

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