Da Assecom Dep. Bira
A Assembleia Legislativa do
Maranhão promoveu, na tarde desta quarta-feira (27), uma audiência pública para
debater o aumento na tarifa de água e esgoto concedida pela Companhia de
Saneamento Ambiental do Maranhão (CAEMA).
A audiência foi realizada a
pedido do presidente da Comissão de Direitos Humanos e defesa do consumidor da
ALEMA, deputado Bira do Pindaré (PT). A idéia de uma audiência pública surgiu após
os sucessivos interrompimentos no abastecimento de água, na cidade de São Luís.
A sociedade reclama do
aumento imposto pela CAEMA. Em alguns casos relatados durante a os debates o acréscimo
chegou a 80%, entretanto não há melhorias notadas no abastecimento de água e
principalmente no tratamento de esgoto.
Outro problema exposto é a
falta de condições para banho em todas as praias da ilha de São Luís. A própria
Secretaria de Estado de Meio Ambiente considerou as praias impróprias para
banho, para o Deputado a CAEMA demonstra negligência e falta de
responsabilidade ao não comparecer a audiência.
Foram convidados para o
debate e compareceram: A promotora Lítia Cavalcanti; o vereador Batista Matos
(PPS); representante do PROCON Bruno Carneiro; presidente do Sindicato dos
Bancários Vânei Almeida. A CAEMA, a Secretaria de Saúde e a Associação dos Geólogos
foram convidadas não compareceram e nem mandaram representantes.  
A promotora Lítia Cavalcanti
criticou a falta de investimento em abastecimento de água em São Luís. Ela
afirmou que há 40 anos a população carrega lata d água na cabeça. A promotora lembrou
o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado entre a CAEMA e o Ministério
Público. O acordo foi fechado em um aumento de 43%.
Lítia garantiu que se a
CAEMA não cumprir o TAC o Ministério público entrará com uma ação. De acordo
com ela a CAEMA cobra abastecimento de água onde não existe o serviço, além de
apresentar um aumento médio de 49,46%, acima do acertado.
A Lei 11.445/07 que
estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico conceitua esgotamento sanitário
como o processo de coleta, transporte e disposição final adequada. Diversos
estados do Brasil tem decisão judicial para a população não pagar um serviço
que não é realizado.
O deputado Bira acusou a
CAEMA de cobrar ilegalmente por um serviço que não faz. “Eles não fazem o
tratamento de esgoto em São Luís e muitos bairros da capital vivem em um eterno
racionamento de água”, protestou.
O PROCON revelou que abriu
procedimento administrativo contra a CAEMA, que foi notificada no último dia
29, até hoje não houve resposta. Em 2012 foram registradas, no PROCON, 67
reclamações contra os serviços da CAEMA. Para o presidente do Sindicato do
Urbanitários o problema da CAEMA não é, somente, o reajuste abusivo, mas a
péssima gestão.
“O grande entrave na CAEMA é
a gestão, 65% do que é produzido é desperdiçado. É dinheiro jogado fora. Temos dois
elefantes brancos que são aquelas estações de tratamento no Bacanga e no
Jaracaty. Não existe ligação da rede de esgoto com estas estações. Precisamos discutir
a gestão do dinheiro destinado a CAEMA”, denunciou Vânei Almeida.       
   
 
 
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