terça-feira, 7 de agosto de 2012

Justiça Federal suspende obras de duplicação da ferrovia Carajás no MA


Da Assecom Dep. Bira

A Justiça Federal suspendeu as obras de duplicação da ferrovia Carajás. A decisão atendeu um pedido da Sociedade Maranhense de Direitos Humanos, do Conselho Indigenista Missionário (CIMI) e do Centro de Cultura Negra do Maranhão (CCN).

A justiça estabeleceu que a Vale (administradora da ferrovia) precisa fazer realização de estudo de impacto ambiental conforme processo de licenciamento ambiental, também deve fazer a divulgação desse EIA/RIMA ainda não divulgado, deve realizar audiências públicas em todos os municípios atingidos pela duplicação, deve também realizar consulta as comunidades sobre os impactos, afim de averiguar o seu consentimento prévio e a livre informação a respeito do andamento destas obras.

Também ficou determinado ao IBAMA que no prazo de 90 dias, disponibilize todo o conteúdo do processo de licenciamento as comunidades e cidadãos interessados, mantendo copia integral e atualizada do processo em cada uma de suas cessões. O IBAMA ainda terá que realizar por técnico de seu quadro vistoria in loco a fim de averiguar a realidade concreta das áreas impactadas.

O deputado Bira do Pindaré (PT) considerou a decisão da Justiça “muito importante porque todos aqui sabemos que a Vale do Rio Doce cumpre o seu papel em relação à gestão desse grande empreendimento, mas é preciso que se respeitem as populações nativas, populações tradicionais, a população do Estado do Maranhão, ribeirinhos, indígenas, trabalhadores rurais”.

O parlamentar lembrou que diversos impasses e conflitos estão acontecendo pelo interior do Maranhão, como nas cidades de Vila Nova dos Martírios, na Região Tocantina, e Miranda do Norte. “Faço referência a essa decisão para que a Vale possa urgentemente cumpri-la e tomar todas as providências para atender e respeitar as leis ambientais e, sobretudo, os direitos fundamentais dos maranhenses que habitam ao longo dessa ferrovia”, concluiu.

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