Da Assecom Dep. Bira
O deputado Bira do Pindaré
(PT) trouxe novamente a problemática da UEMA para os debates da Assembleia
Legislativa do Maranhão, na manhã desta quinta-feira (25).
O parlamentar visitou, na
tarde desta quarta-feira (24), o Reitor da UEMA, Professor José Augusto. Na
oportunidade, o gestor fez uma explanação longa sobre a história e as
dificuldades que a UEMA enfrenta no Maranhão, o que ajudou muito na compreensão
da atual situação da Universidade.
Tendo em vista a experiência
e as condições técnicas do Reitor, o Deputado considerou que a Casa legislativa
cometeu um erro gravíssimo em não ter aprovado a convocação do gestor. Durante
a conversa, o Reitor revelou que avalia a falta de autonomia administrativa como
um dos principais problemas da UEMA.
“A UEMA não tem autonomia
administrativa, ela não pode licitar, a licitação é na Comissão Central de
Licitações, ela não pode nomear professores. Então, eu não consigo entender
como é que uma universidade pode se estruturar adequadamente, se ela não tem
autonomia e se ela não tem recursos financeiros”, considerou Bira.
Outro grave problema
relatado pelo Reitor é a divisão do orçamento para o Ensino Superior. A UEMA
tem garantido 5% do orçamento para o Ensino Superior. No entanto esse orçamento
é dividido entre a Universidade e a UNIVIMA. De acordo com o Reitor da UEMA a
UNIVIMA não tem reconhecimento pelo MEC.
“Quase a mesma coisa que se
gasta com a UEMA, se gasta com a UNIVIMA, quando, na verdade, a prioridade é a
UEMA, deveria ser a UEMA, onde nós temos a quantidade imensa de alunos de
cursos estruturados, cursos presenciais, com capilaridade no Estado”, destacou
Bira.
Bira ressaltou que a
responsabilidade pelas péssimas condições estruturais e pela posição da UEMA no
ranking da Folha de São Paulo é inteiramente do Governo do Estado. Para o
parlamentar, os erros sucessivos do Governo não dão as condições para que a
UEMA funcione adequadamente.
Obras
Os estudantes da UEMA de Bacabal
relataram para o Deputado a paralisação das obras da Biblioteca e do Centro
Administrativo do Campus. Em 2007,
ainda no governo do Jackson Lago, foi conseguida uma emenda parlamentar federal,
no valor de R$ 5,55 milhões, para a UEMA, como consta no Diário Oficial da
União.
Logo em seguida, foi feita a distribuição desses recursos para diversos
fins: Construção de prédios, canil experimental, laboratórios, ampliação de
centros tecnológicos, reformas. Dentre essas ações, estava prevista a
construção do prédio da Biblioteca de Bacabal e do prédio do pavilhão
administrativo. A biblioteca custaria R$ 605 mil e o prédio administrativo, R$
893 mil.
Em 2008, ainda no governo Jackson Lago, foi feita a primeira licitação
em relação a essas obras. A empresa que venceu essa licitação, conforme Diário
Oficial de 06 de fevereiro de 2009 foi a empresa Proma Projetos e Construções
Ltda. Porém logo após este processo o então Governador foi cassado.
Para o deputado Bira as obras não foram concluídas e perguntas ficaram
sem ser respondidas. Em 2011 foi feita uma nova licitação e novos contratos, com
a mesma empresa, a Proma. Os valores dos novos contratos de R$ 814 mil e R$ 1,2
milhão, para a biblioteca e para o prédio administrativo respectivamente. As
obras não foram concluídas
O Reitor da UEMA confirmou que uma terceira licitação foi feita e até
hoje não concluíram a obra da biblioteca e do prédio administrativo do campus
de Bacabal. Os estudantes também apresentaram um documento de 2012, referente a
uma reforma no campus de Bacabal, no valor de R$ 372 mil e alegaram que não
houve reforma alguma, apenas as fachadas dos prédios foram pintadas.
Emendas
Bira lembrou que apresentou propostas em emendas no orçamento,
no valor de R$ 4 milhões para recuperação dos campi da UEMA nos municípios de
Bacabal, Balsas, Caxias, Imperatriz, Pedreiras, Pinheiro, Santa Inês, São Luís
e Zé Doca, no entanto, nenhuma foi aprovada pelo Governo. No final da reunião
com o Reitor da UEMA, o gestor garantiu que as obras em Bacabal serão
realizadas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário