Da Assecom Dep. Bira
A Comissão Pastoral da Terra
(CPT) divulgou um relatório no último final de semana apontando o Maranhão como
o maior exportador de mão de obra escrava do Brasil. Pessoas que foram vítimas
do crime, tipificado no código penal, Artigo 149, que significa reduzir alguém
à condição análoga a de escravo.
O deputado Bira do Pindaré
(PSB) trouxe o tema para a Assembleia Legislativa do Maranhão, na tarde desta
segunda-feira (07), e destacou que o Estado aparece com 28% dos trabalhadores
escravos resgatados em todo o país. O parlamentar ressaltou que os
trabalhadores maranhenses são submetidos a condições precárias.
A degradação dos
trabalhadores maranhenses fica evidente como no caso da morte de três pessoas
no incêndio ocorrido em uma fazenda de eucalipto da empresa Suzano. Bira propôs
que a Comissão de Direitos Humanos da Assembleia, ainda esta semana, compareça
até Imperatriz e Cinelândia e faça uma verificação das circunstâncias em que
esses trabalhadores foram mortos.
“É preciso que verifique as
circunstâncias e mais do que isso, é preciso que a gente verifique qual está
sendo os papéis das instituições no que diz respeito à investigação desses
casos que ocorreram e das responsabilidades eventualmente existentes em relação
às mortes desses trabalhadores”, cobrou.
Além do acompanhamento da
Casa Legislativa, o Deputado pedirá o acompanhamento e a verificação das
circunstâncias em que essas pessoas morreram na fazenda de eucalipto da Suzano.
Bira acionará a Superintendência do Ministério do Trabalho e o Ministério
Público do Trabalho.
Para o socialista os grandes
empreendimentos do Maranhão, como é o caso da Suzano, por si só, não foram
capazes de trazer a solução para as dificuldades que o povo maranhense enfrenta.
“Nós temos que contribuir com essa investigação, para que esse episódio não se
repita, sobretudo, no que diz respeito aos grandes empreendimentos do Maranhão.
A Suzano é um caso típico de um grande empreendimento que precisa ser
transparente para que a população possa reconhecer algum tipo de contribuição”,
concluiu Bira.
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