Bira do Pindaré encaminhará pedido de criação da CPI do Trabalho Escravo

Da Assecom/Gab. Do dep. Bira do Pindaré

O deputado Bira do Pindaré (PT) subiu a tribuna da Assembleia Legislativa, na manhã desta quarta-feira (1º), para repercutir os encaminhamentos e proposições retiradas da audiência pública contra o trabalho escravo realizada na Casa.

O evento aconteceu no auditório Gervásio Santos (Plenarinho), na tarde de ontem (31), contou com a presença da OAB, UFMA, CPT e Regional, Secretaria de Direitos Humanos, Secretaria do Trabalho, Ministério Público Federal, Ministério Público do Trabalho e do Tribunal Regional do Trabalho.

Na oportunidade, os presentes puderam acompanhar uma panorâmica sobre a realidade do trabalho escravo no Estado. A professora Flávia Moura (UFMA) apresentou sua pesquisa sobre essa temática e expôs a triste realidade do interior do Maranhão.

O frei Xavier Plassat, da Comissão Pastoral da Terra (CPT), apontou a ganância, a miséria e a impunidade do Maranhão como as principais causas da escravidão. O frei assinalou as cidades de Codó e Açailândia como as que mais sofrem com essa forma de exploração. Segundo ele, vários artifícios são utilizados para cercear a liberdade da população maranhense.

Bira comprometeu-se em apresentar à Mesa Diretora da Assembleia os encaminhamentos retirados da audiência. “A necessidade de reativar a Comissão Estadual de Erradicação do Trabalho Escravo (Coetrae) e a execução do Plano Estadual de Combate ao Trabalho Escravo, ambas às responsabilidades da Secretaria Estadual de Direitos Humanos, foi apresentado pela sociedade civil com um pedido de criação de uma CPI do Trabalho Escravo”, comunicou o parlamentar.

O petista pediu o apoio de todas as instituições públicas para por em prática o projeto “Resgatando Cidadania” que será comandado e coordenado pelo Ministério Público do Trabalho.

O parlamentar também justificou, antecipadamente, sua ausência nas próximas sessões da Assembleia. Ele continuará um tratamento médico iniciado mês passado, na cidade de São Paulo.