Da Assecom Dep. Bira
O deputado Bira do Pindaré
(PT), na manhã desta quinta-feira (09) entrou com um pedido de urgência para a
votação e aprovação do Projeto de Resolução que visa criar a Medalha de Honra
ao Mérito Magno Cruz.
O parlamentar lembrou que
apresentou o Projeto no ano 2011 e até agora não tinha entrado na pauta da
ordem do dia da Casa Legislativa. Na próxima segunda-feira (13/05) é celebrada
a data da assinatura da Lei Áurea que teria concedido a liberdade à população
negra que era escravizada neste país.
A Medalha Magno Cruz fará o reconhecimento
a todos aqueles que se destacam e lutam em favor da igualdade racial. Também é uma
forma de homenagear Magno Cruz, um dos militantes mais ativos, mais atuantes e emblemáticos
que nós já tivemos no estado do Maranhão.
Magno, que já faleceu, se
destacou na luta pela igualdade racial no Maranhão, foi fundador do Centro de
Cultura Negra (CCN). O CCN que deu origem a ACONERUQ, a organização em
movimentos dos quilombolas no Estado do Maranhão. Praticamente tudo o que há de
luta pela igualdade racial de alguma forma tem a participação, tem o
engajamento e a contribuição decisiva dessa grande liderança que foi Magno
Cruz.
Bira lembrou que o movimento
negro não comemora o dia 13 de maio, pois o dia embora tenha sido a data de
assinatura da Lei Áurea não consagrou a libertação plena da população negra. Os
negros foram fraqueados na sua liberdade formal, mas foram despossuídos de
todos os direitos.
“Os negros não tinham
direito a posse, a propriedade, não tinha direito a voto, não tinha direito de
trabalhar de maneira assalariada, enfim não tinham direito a educação, foram
alijados de todo o processo, portanto viveram décadas e décadas de abandono e
por isso mesmo até hoje os indicadores sócias sempre mostram que a população
negra é quem tem as piores condições de vida em nosso País”, protestou Bira.
O Maranhão é o Estado que
tem a maior concentração de comunidades quilombolas do Brasil, existem mais de
400 que já foram reconhecidas formalmente pela Fundação Palmares. A Baixada
Ocidental de maneira muito destacada, a região de Codó, a região de Caxias, por
todos os cantos do Maranhão existem remanescentes de quilombos.
“Então por essa razão que eu
acredito ser muito importante para essa Casa tomar essa iniciativa, para
valorizar as pessoas que lutam todos os dias para a emancipação desse povo que
merece respeito, que merece oportunidade. O que nunca tiveram plenamente, mas
poderão ter e com o nosso engajamento, isso se tornará uma tarefa mais fácil
para a população negra das comunidades quilombolas”, concluiu.
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