quinta-feira, 9 de maio de 2013

Deputado Bira pede urgência na apreciação do Projeto que visa criar a Medalha Magno Cruz


Da Assecom Dep. Bira

O deputado Bira do Pindaré (PT), na manhã desta quinta-feira (09) entrou com um pedido de urgência para a votação e aprovação do Projeto de Resolução que visa criar a Medalha de Honra ao Mérito Magno Cruz.

O parlamentar lembrou que apresentou o Projeto no ano 2011 e até agora não tinha entrado na pauta da ordem do dia da Casa Legislativa. Na próxima segunda-feira (13/05) é celebrada a data da assinatura da Lei Áurea que teria concedido a liberdade à população negra que era escravizada neste país.

A Medalha Magno Cruz fará o reconhecimento a todos aqueles que se destacam e lutam em favor da igualdade racial. Também é uma forma de homenagear Magno Cruz, um dos militantes mais ativos, mais atuantes e emblemáticos que nós já tivemos no estado do Maranhão.

Magno, que já faleceu, se destacou na luta pela igualdade racial no Maranhão, foi fundador do Centro de Cultura Negra (CCN). O CCN que deu origem a ACONERUQ, a organização em movimentos dos quilombolas no Estado do Maranhão. Praticamente tudo o que há de luta pela igualdade racial de alguma forma tem a participação, tem o engajamento e a contribuição decisiva dessa grande liderança que foi Magno Cruz.

Bira lembrou que o movimento negro não comemora o dia 13 de maio, pois o dia embora tenha sido a data de assinatura da Lei Áurea não consagrou a libertação plena da população negra. Os negros foram fraqueados na sua liberdade formal, mas foram despossuídos de todos os direitos.
  
“Os negros não tinham direito a posse, a propriedade, não tinha direito a voto, não tinha direito de trabalhar de maneira assalariada, enfim não tinham direito a educação, foram alijados de todo o processo, portanto viveram décadas e décadas de abandono e por isso mesmo até hoje os indicadores sócias sempre mostram que a população negra é quem tem as piores condições de vida em nosso País”, protestou Bira.

O Maranhão é o Estado que tem a maior concentração de comunidades quilombolas do Brasil, existem mais de 400 que já foram reconhecidas formalmente pela Fundação Palmares. A Baixada Ocidental de maneira muito destacada, a região de Codó, a região de Caxias, por todos os cantos do Maranhão existem remanescentes de quilombos.

“Então por essa razão que eu acredito ser muito importante para essa Casa tomar essa iniciativa, para valorizar as pessoas que lutam todos os dias para a emancipação desse povo que merece respeito, que merece oportunidade. O que nunca tiveram plenamente, mas poderão ter e com o nosso engajamento, isso se tornará uma tarefa mais fácil para a população negra das comunidades quilombolas”, concluiu. 

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