Da Assecom Dep. Bira
Em
um discurso emocionado na Assembleia Legislativa do Maranhão, na manhã desta
terça-feira (01), o deputado estadual Bira do Pindaré anunciou oficialmente sua
desfiliação ao Partido dos Trabalhadores.
O
parlamentar era militante do PT desde 1988 e filiado ao partido desde 1990.
Bira, com uma voz embargada, disse que “os autênticos socialistas haverão
sempre de se reencontrar em algum lugar, em algum momento”.
O
Deputado fez um relato de sua história de luta dentro do Partido dos
Trabalhadores e sua dedicação em defesa dos movimentos sociais e pela
diminuição da desigualdade social.
Bira
lembrou que se filiou ao PT embalado por um sonho e por um profundo desejo de
mudar a realidade do povo maranhense. De família humilde, o Deputado nasceu em
Pindaré-Mirim, de onde veio aos cinco anos de idade para São Luís. Morou nos
bairros do João Paulo, Vila Palmeira, Bairro de Fátima, Caratatiua e Vinhais e
sempre estudou em escola pública.
A
militância política de Bira começou na Pastoral da Juventude, onde ele adquiriu
formação cristã. Depois ingressou na Universidade Federal do Maranhão e se
engajou no movimento estudantil exercendo papel de dirigente do DCE no final da
década de oitenta. Neste período Bira conheceu o PT.
“Era
incrível: um partido de esquerda, socialista, liderado por um nordestino
operário, com ideias novas, criado pelos próprios trabalhadores, pelos mais
pobres, sem atrelamentos ao poder vigente e fortemente apoiado pelos movimentos
sociais, sindical e pelas comunidades eclesiais de base da Igreja”, relatou
Bira.
Enquanto
filiado ao PT, Bira exerceu o papel de presidente do Sindicato dos Bancários,
Delegado Regional do Trabalho e foi candidato a vereador, senador e deputado
estadual. O Deputado afirmou ser muito grato ao PT pelo imenso aprendizado
e as oportunidades.
O
Deputado reconheceu o papel decisivo do PT para as melhorias de vida do povo
brasileiro, proporcionando avanços importantes em relação a geração de
empregos, elevação de renda e implantação de programação de inclusão social.
Perseguição
Bira foi
candidato a senador em 2006, após
ser escolhido democraticamente pela militância do Estado, mas não teve o apoio da Direção Nacional,
que já aliada da Oligarquia Sarney, apoiou Cafeteira, inclusive com declarações do
presidente Lula.
Em 2010 houve a
intervenção nacional impedindo a aliança com o PCdoB de Flávio Dino, na chapa, Bira
seria novamente candidato ao Senado, conforme deliberação
democrática tomada pela militância no Estado.
Em
2012, as pesquisas indicavam o nome de Bira como a melhor opção do PT para prefeito de São Luís. No entanto, o
Deputado foi preterido em favor das manipulações da oligarquia que, para
impedir sua candidatura gerada no campo das oposições ao Governo do Estado, impôs a candidatura de Washington, que
terminou em um vexatório quarto lugar.
Bira exerceu nesse
período o cargo de dirigente da Executiva Estadual, como Secretário de
Organização, mas surpreendentemente suas prerrogativas foram sumariamente suprimidas pelo presidente do partido.
Mais recentemente, o vice-governador tornou
público o convite para que os dissidentes da aliança com o PMDB se retirassem.
Não fosse o suficiente, negaram expressamente o direito da participação de Bira
na propaganda partidária, preterindo em relação a outros. Tudo isso oficializado
em carta assinada pelo presidente do Partido.
Tendo
em vista as perseguições sofridas desde 2006, pelo diretório estadual do PT o
deputado Bira avaliou como insustentável continuar no partido. “Não me sobrou
escolha. Sou forçado a sair do PT e procurar outro caminho. Não saio por opção,
saio porque fui convidado mais de uma vez a deixar o Partido”, declarou.
Bira
encerrou seu pronunciamento agradecendo a militância da Resistência Petista, na
pessoa de Manoel da Conceição, maior liderança camponesa da história do
Maranhão, fundador do PT no Brasil, exemplo de vida e de dignidade, e principal
referência da luta social.
Acho que escoheu o caminho errado. Melhor seria fazer os seus opositores sairemdo PT. Fico triste pela sua retirada. Fui amigo do seu pai e o seu nome foi-lhe dado como uma homegem a mim, segundo o saudoso Antonio Costa de Souza, meu colega e amigo.
ResponderExcluirO PT de São Domingos do Maranhão lamenta demais a sua saída , estamos muitos tristes com isso....
ResponderExcluirMEGA SURPRESOS,,,,,
Fez o certo! Mostrou-se corajoso e combatente, um verdadeiro comunista... Agora vem para o PC do B. Pessoas como vc fazem a diferença na política do nosso país, mas infelizmente os corruptos são em numero maior e tentam de todas as formas manterem-se no poder...
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